O mundo tem tantos heróis no cinema e tão poucos na
realidade em que vivemos. Isso é muito triste. E os que remanescem são ceifados
cedo. Sim, 95 anos é pouco para alguém que na história humana se tornou eterno.
Gostaria de conhecer o Museu do Apartheid que fica na África do Sul. É um lugar
que mostra o outro lado do ser humano. Um lado mau, mesquinho, cruel. Uma
faceta que nos envergonha, que nos constrange. Um ângulo que tira um pouco do
sentido de “Humanidade” que há em nossa definição nesse plano. Gostaria de ter
conhecido Nelson Mandela. Um homem que pregava coisas tão batidas para um mundo
tão progressivo. Tanto que esquece que não há substitutos tecnológicos para as
pessoas. Alguém que ousou pensar que as pessoas poderiam ser iguais. O sorriso
desse homem era tão enigmático quanto o da obra-prima de Da Vinci. Por fora
parecia um canto de boca levemente erguido, mas por dentro ribombava um riso de
sarcasmo para um mundo apodrecido. Por fora já parecia fraco, mas por dentro
mantinha o prazer em mudar as coisas ao seu redor de uma forma pungente, muito
mais além de seu corpo que se deteriorava, seu espírito parecia bramir como um
leão selvagem africano. Não procurava vingança de seus algozes, mas sim um equilíbrio.
O que também não significava esquecimento. Sabia bem o que queria. O que dizia. Queria apenas paz, saúde, tolerância
para os diferentes, amor. Queria apenas que as pessoas pudessem ser aquilo para
o que estavam programadas desde sempre: Serem iguais. Poucos homens assim
passaram por esse mundo. E poucos mais passarão. E eu tive oportunidade de
viver na mesma época. Pena mesmo que não o conheci. Às vezes me sinto um pouco
inútil por gostar tanto de cultura pop enquanto outras almas passam a vida
lutando por pessoas que morrem de fome, de doenças ou pela ignorância alheia.
Porém paro para pensar que cada um tem seu caminho. Alguns escolhem o mais
difícil. Eu quando posso tento fazer alguém rir. E quando consigo sei que valeu
a pena. Tento lembrar que sou o capitão de minha alma. Vá em paz, Madiba, que
você ao invés de se tornar estrela vire uma semente que com o tempo germine
bons frutos para um futuro melhor. Tipo a Educação. Tanto a de ser cortês para
com o próximo, quanto àquela que constrói o indivíduo nas escolas, coisa que
muito acreditou. E pensar que muita gente não sabe nem o que é o Apartheid...
Já Velozes e Furiosos...
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